terça-feira, 29 de junho de 2010

Dunga ou Maradona?


Não resisti e como dizem minhas irmãs: eu sempre tenho uma opinião para dar sobre todos os assuntos, os mais variados. Nada tem com nutrição, mas com uma cidadã.
Bem, não sou jornalista, não sou cientista político, não sou comentarista esportista (aliás, a melhor profissão do mundo: a única que ganha a vida com o “se”, o cara não está em campo, não tem que tomar decisões rápidas, não precisa arcar com as conseqüências dos seus comentários e dos seus atos, e diz “se “ fulano tivesse passado a bola seria gol, “se” ele tivesse agüentado ser espancado quieto não seria expulso, “se” o técnico tivesse mudado o esquema tático ganharia o jogo e assim por diante. Nós, meros mortais, estaríamos perdidos se tentássemos viver do “se”). Mas, voltando ao assunto, também não sou o Arnaldo Jabor e nenhuma filósofa famosa ou mesmo desconhecida, portanto você não precisa se sentir obrigado a ler para saber a minha opinião sobre esse assunto, mas só por curiosidade pense comigo um pouco. Meu nome é Ana (bem comum), sou nutricionista, casada, ralo muito para manter minhas contas em dia e tenho dois filhos que amam futebol e lógico como a maioria desses garotos brasileiros querem ser jogadores de futebol. E é exatamente por isso que peço licença e me dou o direito de fazer a seguinte analise.
Confesso que gosto não gostando muito da Copa do Mundo. Raramente acompanho os jogos, mas sempre torço para que a Seleção Brasileira passe para a próxima fase. Mas, esse ano isso tomou um significado especial e passei a torcer para que a Argentina seja logo eliminada, pelo menos antes do Brasil, nada contra o povo argentino, heim! Olhando de fora, como um olhar feminino, assim sem muitas paixões, enxergo a implantação de um duelo de estilos, entre Dunga e Maradona. Provavelmente eles nem estão preocupados em duelar, mas parece que a mídia resolveu promover esse show.
Muito me preocupa quando penso em tudo o que o Maradona representa e em tudo o que a mídia o tem ovacionado. Um jogador que ganhou uma Copa do Mundo na base da desonestidade com um gol de mão; meteu-se em todos os tipos de confusão sem se preocupar se era “um espelho” ou não para os mais jovens, senão me engano sofreu 2 overdoses; não obedece a Fifa, arredio que é com os limites, prolonga suas entrevistas ao seu prazer; não dá limite algum aos seus jogadores; faz o seu esporte um show de piadinhas e de achincalhadas ; faz qualquer coisa para aparecer, menos mostrar trabalho; e passa, talvez, pelo o melhor momento da sua carreira no Brasil, por problemas de relacionamento com o Dunga, a imprensa brasileira está promovendo a maior apologia que já vi ao estilo Maradona de ser. Só escuto elogios aos deboches que esse jovem senhor gosta de fazer, como ele é divertido, como ele é brincalhão.
Já o Dunga, olhe para a carreira que ele construiu: foi execrado na Copa de 90, eleito o pior jogador; deu a volta por cima e levantou a taça, no tetracampeonato, na Copa seguinte; é mui8to determinado e leva sua profissão muito a sério, de maneira profissional; não nasceu com o maior talento do mundo, mas correu atrás desse prejuízo e realizou o sonho de 90% dos meninos brasileiros; aceitou um cargo de técnico, o qual até o Felipão não queria mais, pois a pressão é desproporcional ao prazer do trabalho; não tem medo de desagradar, mas aceita a responsabilidade de suas atitudes e protege seus jogadores mesmo debaixo de fogo intenso. Ok, o cara é grosso, mas nesse caso está longe de significar falta de respeito.
Que tipo de exemplos queremos para os nossos filhos? Aquele que se parece com a grande maioria dos brasileiros e dos argentinos que têm que levantar todos os dias para fazer jus ao que ganha no final do mês? Ou aquele que diz que podemos nos dar bem só usando o marketing “do mal”? Esse duelo é uma boa expressão da crise de valores que o mundo passa atualmente. Um mundo que valoriza o esperto, o mala, onde o trabalhador nada mais é que um "banana" que não sabe como se dar bem, onde a mídia decide o que é melhor e o que é pior. Honestidade, caráter, honradez, dignidade, para quê? Não quero ver meus filhos seguindo e sendo manipulados por opiniões parciais e equivocadas como essas que estão divulgando atualmente. Pensem bem sobre qual o caminho que devemos seguir e admirar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário