quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cirurgia Bariátrica - 2a Etapa: Banda gástrica ajustável


















Banda gástrica ajustável
Procedimento: cirúrgico com anestesia geral (vídeo laparoscopia)
Validade: retirada só e casos de complicações
Riscos: Rejeição do portal de acesso para ajuste
Deslocamentos da banda
Deslocamento do portal
Dieta: 30 dias de dieta líquida
30 dias de dieta pastosa
Evolução de consistência de acordo com cada paciente
Indicação: Paciente com IMC igual ou superior a 35 com comorbidades associadas (hipertensão, Diabetes, apnéia do sono, etc)
Paciente com IMC igual ou superior a 40
Pré-operatório: 1-Consulta para Relatório da nutricionista
2- 1 consulta com nutricionista para orientações de pré-preparo para a cirurgia.
3- Consulta com nutricionista antes da cirurgia para orientações no pós-operatório e entrega do cardápio para os primeiros vinte dias.
A técnica da banda gástrica ajustável consiste na colocação de um pequeno anel ao redor da porção superior do estômago realizado pelo seu cirurgião. Este anel, cinta, ou como é mais conhecida, banda gástrica, divide o estômago em dois compartimentos: um pequeno que fica acima da banda e irá armazenar pouca quantidade de alimento que, quando cheio, causa a sensação de saciedade; e um segundo compartimento maior, que é o resto do estômago normal abaixo da banda, e que continuará a participar do processo digestivo normal, recebendo e enviando o alimento para o duodeno. Veja figura abaixo:
- O objetivo da cirurgia de Banda Gástrica é reduzir o volume gástrico para os sólidos e a velocidade do seu esvaziamento, ou seja, com poucas quantidades você estará saciado. Isso porque os receptores que traduzem para o cérebro a mensagem de saciedade se encontram na parte de cima do estômago, o paciente terá o apetite diminuído e ficará satisfeito com refeições bem menores que antes da operação, além do que o anel só permite a passagem de poucas quantidades de cada vez e em estado líquido. Esse procedimento é muito adequado para os que gostam de comer grandes volumes de uma vez só. Mas, atenção, você sentirá fome, mas uma pequena quantidade será o suficiente para saciá-lo. O paciente com banda gástrica é obrigado a mastigar pequenas porções de cada vez, irá aprender a “Beber o sólido e comer o líquido”.
- Vale ressaltar que a cirurgia visa estabelecer um padrão alimentar que permita uma ingestão de pequena quantidade de alimentos sólidos, promovendo a sensação de saciedade precoce. A capacidade para ingerir alimentos líquidos e líquido-pastosos não sofre uma redução tão dramática. Portanto se não houver uma colaboração do paciente no sentido de evitar alimentos líquidos e pastosos de alto teor calórico, a perda ponderal ficará comprometida.
- A banda gástrica possui um balão que fica em contato com o estômago e que, à medida que é inflado, reduz a velocidade de esvaziamento da pequena câmara, limitando a capacidade de armazenamento de alimento. Este balão é ligado por um estreito tubo de silicone a um pequeno dispositivo para injeção que é implantado sob a pele e que permite uma calibração do diâmetro do anel e, por conseqüência, da velocidade de esvaziamento do reservatório gástrico. Esta propriedade possibilita um ajuste a qualquer momento após a cirurgia, adequando a restrição gástrica às necessidades e à tolerância de cada pessoa. A cada consulta será avaliada ainda a necessidade desse ajuste realizado pelo médico. A banda gástrica ajustável permite até 9 ml para o ajuste, com o objetivo de adequar o procedimento às suas necessidades.
- A fase inicial do tratamento tem se mostrado decisivo para o sucesso do mesmo.
Até aqui apenas copiei/colei parte de um material que entrego aos meus pacientes que se submetem ao procedimento. Daqui para frente vou fazer algumas considerações de acordo com a minha experiência com os pacientes que já acompanhei. A banda gástrica é uma intervenção bem menos invasiva que a cirurgia de Capella (redução de estômago), tem efeito muito significativo para aquelas pessoas que são adeptas a 2 refeições diárias bem volumosas (almoço e jantar), para os “comedores” de carne vermelha também porque é uma barreira física a entrada de grandes volumes. A perda de peso inicial (nos 2 primeiros meses) é tão grande quanto a cirurgia de Capella, mas depois diminui drasticamente e se o paciente não estiver muito convicto e disposto a enfrentar o trabalho e os sacrifícios será um grande complicador. Poucos cirurgiões têm optado por esse método, pois a perda de peso normalmente não é tão significativa quanto na redução, é necessário um comprometimento muito maior do paciente com o tratamento e não tem indicação para os fanáticos por doces, guloseimas e beliscos. Dos pacientes que acompanhei a complicação mais comum foi rejeição ao portal de acesso menos de 8%; 2 casos apenas necessitaram da retirada da banda, no primeiro a mesma havia migrado para dentro do estômago do paciente (paciente que nunca havia ajustado o anel, mas vomitava sempre que comia um pouquinho a mais, provável motivo); e no segundo um paciente que desenvolveu anorexia nervosa. Casos em que se pode mostrar uma grande vantagem do procedimento: a reversão é muito simples em caso de não adaptação.
Nutricionalmente falando: o processo de emagrecimento é menos drástico para o organismo, necessita sim de reposição de vitaminas e minerais e vou demonstrar porque na tabela abaixo exemplificando um caso:
JLR, 45 anos, sexo masculino, 120 Kg
As recomendações diárias (DRI”s) para a faixa etária dele são:
Proteínas- 0,8 g/ Kg/dia (96g)
Riboflavina -(B2)1,3 mg
Niacina (B3)-16 mg
Ferro-8 mg
Cálcio-1000 mg
Zinco-11 mg
Magnésio-420 mg
Antes da cirurgia a sua ingestão levava a seguintes quantidades destes nutrientes:
Proteína-1,5 g/Kg de Peso
Riboflavina -(B2)2,0 mg
Niacina (B3)-10 mg
Ferro-10 mg
Cálcio-600 mg
Zinco-15 mg
Magnésio-300 mg
Nos 30 dias iniciais (dieta líquida):
Proteína-40g 0.36 g/Kg de Peso
Riboflavina -(B2)0,32mg
Niacina (B3)-6,4mg
Ferro-3,9mg
Cálcio-343 mg
Zinco-4,25 mg
Magnésio-170 mg
Nos próximos 30 dias (dieta pastosa):
Proteína-41,5 g 0,39g/Kg de Peso
Riboflavina -(B2)0,33mg
Niacina (B3)-2,8mg
Ferro-5,62mg
Cálcio-302mg
Zinco-7,72mg
Magnésio-202mg
Depois de 90 dias (já com dieta Normal):
Proteína-58,7g 0,57 g/ Kg de Peso
Riboflavina -(B2)0,6mg
Niacina (B3)-4,41mg
Ferro-17,5 mg
Cálcio-430mg
Zinco-10,2mg
Magnésio-180 mg
FONTE: Prontuário do Paciente e Tabela Taco
Então, o que acham desses dados? O paciente já começa o processo com algumas deficiências nutricionais graves. Só para começar: Magnésio, Riboflavina e Niacina são imprescindíveis na quebra de lipídios (gordura) para obtenção de energia, além de várias outras funções. A deficiência de proteína é agravada pela deficiência energética pois essa última obriga o organismo a usar os músculos (proteínas) como fonte de energia, detalhe: os músculos utilizam gordura como fonte de energia, então quando se perde músculo diminui-se o gasto energético e nesse caso exatamente a utilização de gordura como fonte de energia. Então, o emagrecimento por queima de gordura fica bem prejudicado. O zinco é essencial, por exemplo, para a formação de ácido clorídrico e para o sistema imune, vai adoecer mais e podem aparecer acnes, além de unhas fracas e queda de cabelo.
Qualquer tratamento para emagrecimento tem que ser acompanhado de perto por um nutricionista capacitado para avaliar a dieta prescrita, as necessidades gerais do indivíduo e as suas possíveis deficiências a serem atendidas. Qualquer tratamento para emagrecer é para a vida toda, as pessoas não deixam de ser alcoolatras, assim como o seu organismo não deixa de ser obeso. O objetivo das células gordurosas é acumular a maior quantidade de gordura que já acumularam um dia, então em qualquer escorregada acordamos nossas “amiguinhas” que começam a secretar hormônios que nos farão comer muito e com péssima qualidade.
Pacientes que optam pela banda gástrica devem ter em mente que realmente é menos agressivo que a Capella, mas ele tem que fazer todas as mudanças de hábitos de vida que qualquer outro tratamento exige para não voltar a ganhar peso. Essas mudanças envolvem: reeducação alimentar (nutricionista), atividade física regular (educador físico) e mudanças na relação emocional com a comida e com você mesmo (psicólogo) , assim terá o suporte emocional necessário para sustentar todas essas mudanças para a vida toda.

Qualquer tratamento para emagrecer deve ser visto como um processo de longuíssimo prazo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pão de inhame (sem gluten)

Bem, quem me conhece sabe que dificilmente executo uma receita como recebi, então vou colocar entre parenteses e em vermelho as mudanças que fiz nessa receita maravilhosa de pão sem gluten, a primeira que deu certo comigo até hoje. Agradeço a Dra. Virginia que me passou a maravilhosa dica.

Pão de Inhame de liquidificador

500g (700g) de inhame cru, cortado em cubos e batido no liquidificador com 2 colheres de sopa de semente de linhaça (6c. de sopa de linhaça dourada ou 60g) e 200ml de água quente (ainda coloquei 1 cebola inteira e manjericão fresco).

Despejar em um recipiente, colocar 10g de fermento biológico seco e misturar. A massa não pode estár muito quente.

Acrescente: 400 g de arrozina (coloquei 50g - era o que tinha em casa- e mais 300 g de amido de milho para completar).
5 colheres de farinha de mandioca (usei farinha de milho no lugar, também não tinha em casa)
2 colheres de sopa de azeite ( 5colheres)
2 ovos inteiros (caipiras por favor)
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de vinagre
Misture bem , a massa deve ficar como massa de bolo. Confira o sal e ajuste se necessário, se você colocar os temperos não vai precisar usar mais sal. Despeje em 1 forma grande para pão untada com manteiga e enfarinhada com amido de milho.
Deixe descansar por 30 a 40 minutos (cubra com papel alumínio). Pré aqueça o forno e coloque para assar.
Não fica esfarelento e nem borrachudo.
Corte em fatias e congele, assim dura mais.
Podemos tentar versões com uvas e banana passas, com canela, com outras ervas aromáticas, com açafrão e o que mais a imaginação permitir.
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Alergias Alimentares - Parte 1 Imediata e Intolerâncias


A alergia nada mais é que uma resposta exagerada do nosso sistema imunológico o que leva normalmente a condições inflamatórias. A inflamação é um mecanismo de defesa importante, mas na alergia ela está aumentada e “voltada” para a resposta a alérgenos.
Quando falamos em alergias alimentares, que são respostas do sitema imune a determinados alimentos) podemos dividir em três setores: a alergia imediata, a alergia tardia e as intolerâncias alimentares (que na verdade não são alergias, mas são muito confundidas com elas).
A alergia imediata é mediada pela imunoglobulina IgE (as imunoglobulinas são proteínas que fazem parte do nosso sistema de defesa). O nome já diz tudo, teve contato com o alimento imediatamente tem-se o aumento exacerbado da IgE e seus sintomas como vômitos, diarréia, dermatites, urticária, entre outras até o fechamento da glote o que impossibilita a respiração. Os alimentos mais relacionados com esse tipo de alergia são os crustáceos (camarão é campeão), leite e seus derivados em crianças, mel, ovos e castanhas(amendoim, p.ex.).
As intolerâncias alimentares estão relacionadas a erros metabólicos e a mais comum é a intolerância a lactose. O indivíduo por um erro metabólico não processa determinado nutriente é o que acontece com a lactose que precisa da lactase para ser “quebrada” em porções menores e então ser absorvida, a fenilcetonúria também é uma intolerância alimentar na qual o indivíduo não processa a fenilalanina.
Vamos voltar à intolerância a lactose: o leite (seja qual for o animal que o tenha produzido) possui um açúcar denominado lactose, molécula que é formada pela ligação de dois açúcares menores: a glicose e a galactose. A lactase é uma enzima fabricada pela mucosa intestinal que “quebra” a ligação da lactose e libera as duas moléculas menores (glicose e galactose) que só assim podem ser absorvidas pelo intestino. Os principais sintomas para a intolerância a lactose estão relacionados ao tubo digestivo como os gases, as cólicas e as diarréias, mas podemos achar a constipação intestinal também, além da sensação de empachamento estomacal (má digestão). Existe um teste para medirmos a intolerância a lactose denominado curva de tolerância a lactose, para os pacientes intolerantes esse teste normalmente provoca muitos, mas muitos gases (referem semelhança com um balão em pleno vôo no final do dia), cólicas e até diarréia. No dia a dia do meu trabalho tenho encontrado muitos pacientes intolerantes a lactose (60% da minha clientela), algumas são tão intensas que os pacientes não suportam o mínino de contaminação o que inclui os queijos, manteigas e iogurtes. A conduta é a retirada do grupo alimentar imediatamente da alimentação diária do paciente, não tem jeito. A importação da lactase em comprimidos tem sido uma solução para aqueles momentos que não se tem opções sem leite e seus derivados, mas não concordo com o seu uso indiscriminado. É necessário levar em conta que o paciente com intolerância a lactose tem disbiose e conseqüente hipermeabilidade intestinal o que vamos tratar com mais profundidade na postagem sobre alergias tardias.
Próxima postagem: alergias tardias, hipermeabilidade intestinal e disbiose

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cirurgia bariátrica - 1a etapa -Balão Intragástrico





Tenho no momento 4 pacientes angustiadas com a possibilidade de enfrentar uma cirurgia bariátrica. O que é uma decisão muito complicada mesmo. Devo ou não fazer uma intervenção tão invasiva? E qual método escolher?
Existem, atualmente, vários tipos de intervenções “bariátricas”, mas apenas 3 são aprovadas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), qualquer outro é tido como técnica experimental. As três são:
1- Balão intragástrico
2- Cirurgia de banda gástrica ajustável
3- By-pass (Capella)
Em etapas, vamos primeiro conversar sobre o balão.


Balão Intragástrico
Procedimento: Endoscopia
Validade: 6 meses
Riscos: rejeição ao balão
Ruptura do balão e obstrução intestinal por consequencia
Dieta: Água de coco no período de adaptação
Dieta líquida e depois dieta pastosa com evolução até a retomada da normalidade que neste caso é reeducação alimentar
Tenho um protocolo que elaborei depois de 5 anos de trabalho com pacientes que colocaram o balão, o Consenso relata dieta líquida e pastosa por apenas 3-4 dias logo após o procedimento.
A minha experiência: O médico através de uma endoscopia introduz o balão de silicone no estômago do paciente e depois enche com soro fisiológico até 600ml. O objetivo é produzir sensação de saciedade 24 horas, nos primeiros 2 meses em média produz a sensação que você acabou de sair da churrascaria cada vez em que se alimentar. Com o tempo isso diminui e se não tiver muito comprometimento com o processo de emagrecimento pode-se voltar a comer as mesmas quantidades de antes. Tive pacientes que voltaram a engordar mesmo com o balão e um deles me chamou muita a atenção: num ataque de ansiedade ele que estava com o balão a 3 meses chegou a comer 6 pães de sal de uma vez só.
Tem sido mais indicado para os casos de estética e para pacientes que precisam perder peso antes da cirurgia tipo by-pass para diminuir o risco da mesma ou para pacientes que o risco cirúrgico é alto demais.
Importante: nos primeiros dias (3 a 8 dias) depois que você coloca o balão o seu organismo vai tentar expulsá-lo afinal é um corpo estranho. Como? Através de vômitos. Nesses 5 anos só tive 1 paciente que não passou por essa fase e todos afirmam para mim que são fortes o suficiente e que não vomitam com facilidade. A verdade é que pode vomitar tanto que é necessário fazer uma reidratação intravenosa e alguns de tanta força que o organismo faz acabam dilacerando as veias do esôfago e vomitam sangue (nada de tão grave como parece, mas é bom observar). Mas, se fizer o esquema alimentar prescrito esse período passa. Alguns pacientes reclamam de dores intensas nas costas e alguns rejeitaram tanto o balão que tiveram que retirar bem antes do prazo de 6 meses.
As pessoas depois que retiram o balão voltam a engordar? Das que eu acompanhei quase todas voltaram a engordar em 1 ano e meio. Porque, primeiro- a perda inicial de peso é muito drástica e o organismo tende a se proteger melhorando a sua eficiência no aproveitamento dos alimentos, promovendo o efeito sanfona; segundo- porque além da reeducação alimentar é necessário mudanças nos hábitos de vida (atividade física, menos estresse, etc) e também mudanças na relação emocional com o alimento e 6 meses não são, normalmente, suficientes para tantas mudanças. Talvez o ideal é aceitar que esse procedimento é um ponta pé inicial no seu trabalho com o seu corpo.

Próximos capítulos: banda gástrica e Capella

Obesidade

Olá pessoal,

Dia 15/10 participei de um debate sobre obesidade no canal de televisão transmitido pela internet: YesTV.

É só entrar no site http://www.yestv.com.br/ e acessar o programa Cuidando da sua saúde do dia 15/10/09.

Abraço
Ana

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Bolo de chocolate mais saudável

Receita de bolo de chocolate com laranja (sem leite e com muito glutén)

Ingredientes:

4 ovos caipiras
1/2 xícara de óleo de canola
2 laranjas sem caroço e sem o miolo batidas no liquidificador com 200 ml de água (com casca e tudo)
1/2 xícara de linhaça dourada
1 xícara de açúcar mascavo
3/4 de xícara de gérmen de trigo
2 xicaras de farinha de trigo integral média
1 xícara de cacau em pó
1c. de sopa cheia de fermento químico

Modo de fazer:
Bata no liquidificador as gemas, as duas laranjas, o açúcar mascavo, a linhaça e a água. Fazer claras em neve e reservar. No creme feito no liqudificador vá aos poucos acrescentado as farinhas, sempre batendo. Misture as claras em neve com cuidado e por último o fermento (sem bater). Leve para assar em forma de buraco untada por aproximadamente 50 min.


Principais ganhos: Fica rico em vitaminas do Complexo B, Vitamina E, Magnésio, Cálcio e Potássio. Além de fibras é claro. Mas, é rico em calorias como o bolo comum.

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